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domingo, 30 de dezembro de 2012

2012

Eu iria fazer uma retrospectiva clichê e bla bla bla, mas isso não seria eu.

O que importa é que nesse ano deixei de ser um grande bosta (agora só sou um bosta), senti o que é pessoas gostarem de mim e senti como é gostar de alguém, conheci ótimas pessoas, experimentei coisas novas, frequentei lugares diferentes, comecei a gostar de coisas que antes odiava, vi a ~beleza peculiar~ ser mais bonita ainda em várias pessoas, fiquei neuvozor, continuo sendo ruim em jogos, compartilhei pensamentos e sentimentos com mais frequência, não fiquei rico, comi altas paçoca, passei a reconhecer meus erros (mesmo ainda não tendo conseguido mudá-los rsrsrsrs) e aprendi o que é ficar muito triste por estar muito feliz.

E no fim o post ficou clichê ainda mas da-nese to nem ae kkkk

Enfim, 2012 foi um ótimo ano, obrigado a todos os envolvidos.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Esqueci

As postagens já não doem
A bolinha verde já não é agoniante
A distância passou a ser só um detalhe
E a recíproca passou a ser verdadeira

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Carta

Perdida dentro de um livro de Geometria Analítica por mais de um ano, finalmente a releio: uma carta.

Seu conteúdo não diz muita coisa, mas o significado é enorme. Tempos em que tentei vencer todas as minhas fraquezas para lutar por algo. Inclusive acredito ter sido a vez que mais lutei por algo na vida, mesmo que sem sucesso.

Desejando feliz natal e encerrando com um "você é muito legal". "você é muito legal", contrariando tudo que já foi me dito desde então. E o adjetivo mais bem intencionado/sincero dos últimos anos, ou pelo menos gosto de pensar assim.

"Beijos" seguido do nome dá o fim a um pedaço de boa nostalgia. Gosto muito dessa lembrança, mas essa carta fala sobre derrota.

sábado, 22 de setembro de 2012

Alegria

Biarticulado.

Voltando da faculdade, um dos motivos do rotineiro desânimo. O ônibus do sentido contrário para no mesmo tubo, no mesmo instante.

Levanto a cabeça e uma menina sorri de forma exagerada, algo totalmente inesperado. Não consegui conter o riso e ficamos "nos rindo" por alguns segundos.

Os ônibus arrancaram e a história acaba.

Ainda assim é a única lembrança de alegria na sua forma pura que tive em 2011.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Hoje

Hoje eu não queria ter saído da cama, mas levantei, tomei banho, me arrumei e saí de casa.
Hoje eu não queria precisar ser simpático com as pessoas, mas fui ao banheiro, lavei o rosto e melhorei minha expressão.
Hoje eu queria ter largado tudo e ter voltado pra casa, mas ignorei minha vontade e cumpri o que devia ser cumprido.
Hoje eu queria ter falado com ela, mas eu não teria coisas boas pra contar e iria piorar ainda mais as coisas.
Eu não queria hoje, mas aguentei até o fim.

terça-feira, 8 de maio de 2012

29885



29885 era sua identificação. Era mais um dentre vários outros. Montado e programado para o trabalho braçal. Já que, após a guerra contra os humanos, nenhum deles sobreviveu para fazer tal serviço de forma escrava.

Uma vez por semana, ele era transportado à central (esse tipo de palavra sempre combina com robôs) para manutenção. Onde era desmontado, recarregado, recalibrado e todo aquele procedimento chato que todo mundo sabe que os robôs passam. Toda a outra parte do tempo era trabalho braçal. E todos pareciam estar satisfeitos com isso, até por que eles não haviam sido programas para ficarem insatisfeitos.

A sociedade robótica não era muito diferente da humana. Haviam os populares e o excluídos. Mas o que define a popularidade entre vários indivíduos iguais? Existiam pequenas diferenças, por exemplo: o 16305, que possuía uma listra de ferrugem no braço esquerdo, era considerado o ancião, a voz da experiência pela moçada. Já o 23839 que, resultado de um tropeço, possuía um olho saltado, era considerado o bad boy, graças ao seu visual ~creepy~. O coitado do 29885 não era nada popular. Externamente comum, não chamava a atenção das robôs (feminino).

Grande culpa de sua impopularidade era a admiração pelas coisas dos humanos. Não há cabimento num robô fã de Black Sabbath! E ele, particularmente, achava um absurdo não ter ninguém pra conversar sobre Clube da Luta e discutir sobre a mitologia cristã. Mas ele não desistia de insistir nesses assuntos e tentar "converter" alguém.

Até que os outros robôs ficaram de saco cheio dele e o desmontaram de vez, por que robô de verdade não perde tempo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

42

Sufocado pela Terra. Esse lugar imenso, cheio de diversidade e surpresas, que não passa de uma gaiola.

Tolo é quem se contenta com isso. "Meu sonho é ir para Paris", típica frase de tolos. O que é Paris perto do infinito? Pense nos perigos inimagináveis, nas descobertas, na jornada sem fim. Imagine o tamanho do universo, e em quão insignificantes somos. Agora pense em nunca poder usufruiur disso. A realidade é desoladora. Nossa vida se vai, e nunca teremos a chance de visitar planetas, galáxias e, quem sabe, dimensões. Invejo a geração que tiver essa oportunidade, se um dia isso for possível.

Limitado pela gravidade. Tentamos nos manter "pra cima", enquanto somos puxados para baixo desde que nascemos. Pense na liberdade pessoal e criativa que teríamos. O céu seria algo comum, como uma praça ou até uma rodovia. O chão seria o limite! Viveríamos em nossas casas voadoras e viajaríamos na altitude desejada. Assistiríamos à Copa do Mundo de futebol antigravitacional e provavelmente não existiria o verbo "voar". Apenas nos movimentaríamos.

Mas essas coisas são impossíveis. Nunca conhecerei um Ford Prefect e nunca serei um Arthur Dent. Mas torço pela vinda dos Vogons.

Por isso, meu sonho é ir para a Irlanda.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Misantropia

Gostava da solidão, se via sozinho. Tinha lá seus conflitos internos, mas eram coisas causadas por ele, para ele, sem influências de terceiros. Mas como todos sabem, ninguém vive sozinho.

Abriu a cabeça, aprendeu a aceitar feedback, aprendeu a aceitar a opinião alheia, aprendeu que existem outros gostos, outras ideias, outras culturas e o mais importante: aprendeu a aceitá-los. Aprendeu a pensar antes de falar e a ter embasamento antes de afirmar. E percebeu que os outros não aprenderam isso.

No começo é engraçado, a maioria das situações geravas piadas pra si mesmo, já que expressar tal sarcasmo não seria bem visto. Mas isso cansa, desgasta e enraivece. Ouvir "opiniões" defecadas pela boca para simplesmente "participar da conversa" é digno de nojo.

As pessoas têm orgulho de viver na ignorância. Não simplesmente na ignorância intelectual, mas, principalmente, espiritual. "Sou assim e ninguém vai me mudar" é traduzido como "adoro ser babaca".

Lógico que acabou encontrando as exceções, mas sente falta do tempo onde a socialização não era tão necessária. E, após longos anos, continua se vendo sozinho.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Baseado em fatos reais

Essa é uma história ruim e você deveria parar de ler aqui.

Havia essa homem, o nome dele eu não sei, mas provavelmente não era um bom nome. Sua casa também não era das melhores e o seu salário devia ser ruim.

Todo dia tomava seu nada bom café da manhã e ia para seu emprego ruim. Convivia com seus colegas de trabalho e com seu chefe, que não eram nada agradáveis.

Todas as segundas e quartas, ele estudava música, algo em que era ruim. Nas terças e quintas, estudava idiomas, sem sucesso. Nas sextas, costumava jogar tênis, e jogava absurdamente mal. Nos fins de semana costumava caminhar num parque próximo à sua casa, não era grande coisa, mas era a única opção.

Certo dia, no parque, ouviu um barulho estranho vindo de alguns arbustos. Caminhou em direção, ansioso com o que provavelmente seria seu primeiro encontro místico.

Pessoas de sorte veriam algum leprechaun, ou um ET. Ele viu uma joaninha. Um tipo bem singular de joaninha, o que era tirar a sorte grande para alguém tão azarado.

As pessoas geralmente tiram alguma lição para tomar decisões na vida com esses encontros. Ele não era bom em interpretar esse tipo de coisa, mas se esforçou, pois queria uma vida melhor.

Foi aí que ele comprou uma vaca e a chamou de Josefa.

True story

Insônia

Quanto vale tudo isso? Quantos povos já pensaram nisso? Quem realmente se importa? Afinal, alguém deveria se importar?

Essa escravidão moderna suga tantas vidas, tantos sonhos, tanta alegria. E logo você, que já sonhou em ser astronauta. Mas não há lugar para sonhos, que hoje recebem o nome de irresponsabilidade e imaturidade. Isso é pra quem vive em outro mundo e não quer um futuro. É claro que existem pessoas que realizam seus sonhos e suas vontades, mas isso não é pra você! Só irá jogar sua vida fora.

Qual é seu placebo? Que sensação isso te dá? Isso é tão diferente assim de pessoas que acompanham famosos ou reality shows - cujas quais você classifica como "alienadas" - e que invejam aquilo tudo? A fé dos outros é realmente tola assim? E por que sua necessidade em afirmar a sua descrença é, necessariamente, prova de que você é inteligente e não um babaca repetitivo? Se gabar das coisas que lê e das pessoas que conhece é realmente impressionante assim?

Fuja da sua chatice, perceba quando está sendo boçal, repare que nem todos têm o mesmo gosto ou opinião e que velhos hábitos não serão bons ou engraçados para sempre. E perceba que algum significado as vezes é irrelevante.

Quem ou o que é seu Tendão de Aquiles? Preserve-o(a)! Lembra-se dos momentos em que você se sentiu despedaçado? O sorriso do amor platônico, a declaração, o primeiro beijo, a rejeição, a decepção. Com que frequência isso acontece? Culpe-se por essas ocasiões serem raras. Você merece!

Ou ignore tudo isso. Não há motivos para auto reflexão e moldura de caráter, ninguém liga pra isso. Você tem um roteiro a seguir. Chegue logo ao seu nada esperado futuro! Mas não há razão para se arrepender, logo você terá alguma vida para ditar.

E assim seguimos e reclamamos. O jeito é passar o dia em frente ao computador, afinal não somos alienados como as pessoas que assistem Big Brother.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Caminhão

De repente um caminhão. Não se sabe de onde veio e nem como apareceu, mas todos estavam habituados a ele, ou pelo menos fingiam estar.

Não tinha uma marca, talvez viesse de alguma galáxia onde isso não represente muita coisa, e não tinha cor. Na verdade, possuía sim uma cor. Uma cor indefinida, como a capa do Grande Tamborlin!

E eles viviam normalmente com o caminhão de cor indefinida. De uma forma irritantemente normal, beirando o ridículo. Afinal, entremos num acordo: quem, em sã consciência, usaria um caminhão em seus afazeres cotidianos? Imagine-se chegando para sua partida semanal de badminton num caminhão! E ainda pior: um caminhão de cor indefinida!

Mas eles viviam, e incomodavam. Eram chamados de loucos e de todos os outros tipos de difamação envolvendo insanidade.

Talvez o louco seja eu por perder tempo escrevendo sobre eles.

Talvez o louco seja você por ter lido até aqui.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Feluriana

Até os Encantados me fazem lembrar da minha atual situação.