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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Baseado em fatos reais

Essa é uma história ruim e você deveria parar de ler aqui.

Havia essa homem, o nome dele eu não sei, mas provavelmente não era um bom nome. Sua casa também não era das melhores e o seu salário devia ser ruim.

Todo dia tomava seu nada bom café da manhã e ia para seu emprego ruim. Convivia com seus colegas de trabalho e com seu chefe, que não eram nada agradáveis.

Todas as segundas e quartas, ele estudava música, algo em que era ruim. Nas terças e quintas, estudava idiomas, sem sucesso. Nas sextas, costumava jogar tênis, e jogava absurdamente mal. Nos fins de semana costumava caminhar num parque próximo à sua casa, não era grande coisa, mas era a única opção.

Certo dia, no parque, ouviu um barulho estranho vindo de alguns arbustos. Caminhou em direção, ansioso com o que provavelmente seria seu primeiro encontro místico.

Pessoas de sorte veriam algum leprechaun, ou um ET. Ele viu uma joaninha. Um tipo bem singular de joaninha, o que era tirar a sorte grande para alguém tão azarado.

As pessoas geralmente tiram alguma lição para tomar decisões na vida com esses encontros. Ele não era bom em interpretar esse tipo de coisa, mas se esforçou, pois queria uma vida melhor.

Foi aí que ele comprou uma vaca e a chamou de Josefa.

True story

Insônia

Quanto vale tudo isso? Quantos povos já pensaram nisso? Quem realmente se importa? Afinal, alguém deveria se importar?

Essa escravidão moderna suga tantas vidas, tantos sonhos, tanta alegria. E logo você, que já sonhou em ser astronauta. Mas não há lugar para sonhos, que hoje recebem o nome de irresponsabilidade e imaturidade. Isso é pra quem vive em outro mundo e não quer um futuro. É claro que existem pessoas que realizam seus sonhos e suas vontades, mas isso não é pra você! Só irá jogar sua vida fora.

Qual é seu placebo? Que sensação isso te dá? Isso é tão diferente assim de pessoas que acompanham famosos ou reality shows - cujas quais você classifica como "alienadas" - e que invejam aquilo tudo? A fé dos outros é realmente tola assim? E por que sua necessidade em afirmar a sua descrença é, necessariamente, prova de que você é inteligente e não um babaca repetitivo? Se gabar das coisas que lê e das pessoas que conhece é realmente impressionante assim?

Fuja da sua chatice, perceba quando está sendo boçal, repare que nem todos têm o mesmo gosto ou opinião e que velhos hábitos não serão bons ou engraçados para sempre. E perceba que algum significado as vezes é irrelevante.

Quem ou o que é seu Tendão de Aquiles? Preserve-o(a)! Lembra-se dos momentos em que você se sentiu despedaçado? O sorriso do amor platônico, a declaração, o primeiro beijo, a rejeição, a decepção. Com que frequência isso acontece? Culpe-se por essas ocasiões serem raras. Você merece!

Ou ignore tudo isso. Não há motivos para auto reflexão e moldura de caráter, ninguém liga pra isso. Você tem um roteiro a seguir. Chegue logo ao seu nada esperado futuro! Mas não há razão para se arrepender, logo você terá alguma vida para ditar.

E assim seguimos e reclamamos. O jeito é passar o dia em frente ao computador, afinal não somos alienados como as pessoas que assistem Big Brother.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Caminhão

De repente um caminhão. Não se sabe de onde veio e nem como apareceu, mas todos estavam habituados a ele, ou pelo menos fingiam estar.

Não tinha uma marca, talvez viesse de alguma galáxia onde isso não represente muita coisa, e não tinha cor. Na verdade, possuía sim uma cor. Uma cor indefinida, como a capa do Grande Tamborlin!

E eles viviam normalmente com o caminhão de cor indefinida. De uma forma irritantemente normal, beirando o ridículo. Afinal, entremos num acordo: quem, em sã consciência, usaria um caminhão em seus afazeres cotidianos? Imagine-se chegando para sua partida semanal de badminton num caminhão! E ainda pior: um caminhão de cor indefinida!

Mas eles viviam, e incomodavam. Eram chamados de loucos e de todos os outros tipos de difamação envolvendo insanidade.

Talvez o louco seja eu por perder tempo escrevendo sobre eles.

Talvez o louco seja você por ter lido até aqui.